Desde o primeiro caso de infecção pelo coronavírus registrado em Wuhan, na China, a 840 quilômetros de Xangai, em Dezembro, vários países e pessoas estão apavoradas com a sua chegada no Brasil. Com o primeiro caso já identificado, várias pessoas com máscaras inundam os embarques dos aeroportos brasileiros.

Como surgiu?

A suspeita é que o surto tenha iniciado em um mercado que comercializa animais silvestres ilegalmente. A primeira morte decorrente do vírus foi registrada em 11 de janeiro. 

O que é?

O coronavírus pertence à família viral Coronaviridae, que foi descoberta em 1960 e provoca doenças respiratórias em humanos e animais. Além de enfermidades leves como a gripe, o coronavírus é o causador de doenças como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos. Esta última ocasionou um surto em 2002 que afetou mais de 8 mil pessoas. O foco também foi a Ásia, com 349 mortes na China continental e outras 299 em Hong Kong.

Como a doença é transmitida?

A propagação pode acontecer através do espirro, saliva, catarro e tosse de indivíduos infectados. O toque direto com pessoas doentes, como um simples aperto de mão, ou o contato com objetos infectados também podem causar a proliferação do vírus.

Duas análises feitas sobre a doença concluíram que cada pessoa infectada pode transmitir o vírus para dois ou três outros indivíduos, o que representa uma velocidade de contágio muito grande.

Uma pesquisa da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, também anunciou que o número de casos pode chegar a 190 mil no início de fevereiro caso as medidas de contenção não funcionem.

Quais são os sintomas?

As pessoas infectadas apresentam sintomas parecidos com os da gripe comum: febre, coriza, dificuldade para respirar, tosse e dor de garganta. Com o desenvolvimento da doença, pode haver complicações como pneumonia, insuficiência renal e até a morte. Pessoas com complicações de saúde prévias, principalmente no sistema respiratório, ou que pertencem a grupos de risco elevado, como é o caso de idosos e grávidas, são mais propensos a desenvolverem os sintomas avançados.

As mascaras são a melhor forma de se proteger dentro de um voo?

Não. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado e não existe ainda evidências fortes da efetividade das máscaras que protegem o nariz e a boca.

Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras segundo o Ministério da Saúde.

Posso me contaminar no assento ou encosto dos aviões ?

Não. As doenças respiratórias, como o coronavírus, geralmente se espalham pelo contato com a saliva ou muco de uma pessoa infectada, sim, mas, como são realizadas limpezas periódicas nas aeronaves é improvável a propagação por esse meio.

Se mesmo assim estiver com receio,

Quais são os melhores assentos para evitar a doença ?

Pesquisadores da Universidade de Emory, em Atlanta, nos EUA, apontam que a melhor chance de evitar doenças contagiosas, como o coronavírus, durante voo de avião é sentar na janela.

O estudo analisou voos com duração de 3horas até 5 horas e mostra que pessoas que sentam próximas a janela quase não saem de seus assentos. Entre aqueles que escolhem sentar no meio ou no corredor, 38% levantam ao menos uma vez durante a viagem.

Qual é a melhor forma para se proteger do coronavírus

Para se proteger contra o coronavírus, além de outros vírus e bactérias, uma das soluções mais eficazes também é uma das mais simples: lavar bem as mãos com água e sabão. Se não tiver como, outra solução é usar álcool em gel.